Agronegócio

A fertirrigação com dejetos do gado: promovendo a sustentabilidade na pecuária

  • Exemplo de esterqueira

A adubação orgânica feita com adubos de diferentes fontes preconiza não somente melhorar a fertilidade dos solos como também as suas propriedades físicas.

Nos solos arenosos ela irá melhorar a estrutura das partículas, aumentando seu poder de retenção de água e, nos solos argilosos, vai estimula a granulometria, de forma a melhorar a aeração, que é importante no desenvolvimento das raízes das plantas.

Uma maneira natural e de praticamente zero custo para adubar a pastagem, pomares e lavouras é a construção de esterqueiras, que vão permitir a fermentação do esterco, reduzindo o seu poder poluidor e possibilitando seu aproveitamento como fertilizante!

Os estercos dos animais possuem alta concentração de microrganismos, oriundos do seu próprio trato gastrointestinal (principalmente rúmen e intestinos), quando frescos. É isso vai influenciar no processo de fermentação desse dejeto dentro da esterqueira.

A concentração dos nutrientes nos dejetos dos animais vai depender de vários aspectos: idade e sexo do animal, raça, tipo de dieta, condições de bem-estar animal, qual é o sistema de produção e qual a forma de manejo desses resíduos. Por isso, é importante que o produtor realize, sempre que for possível, a análise de dejetos e resíduos que irão ser utilizados como fertilizantes.

Ao realizar a fertirrigação é importante garantir que essas áreas não se tornem pontos de perda de nutrientes e nem que promovam impactos negativos.

Existem alguns pontos que são importantes e merecem que você se dispense sua atenção no momento de idealizar e realizar essa prática na sua propriedade:

  • Questione-se e entenda se a área que irá receber os dejetos animais está corretamente apropriada e tratada para a quantidade desejada de nutrientes que serão aplicados nela;

  • Certifique-se de que a esterqueira construída tem o tamanho correto e ideal de acordo com o desejado, para evitar que o dejeto seja aplicado em solos não recomendados e acabe gerando contaminação ambiental;

  • A aplicação desses fertilizantes deve ocorrer no momento e na quantidade corretos, tendo todo o balanceamento correto e adequado de nutrientes do esterco que será utilizado na área e no solo separados, para que as plantas possam extrair o máximo possível de nutrientes desse solo, contribuindo para o seu crescimento.

Há ainda alguns outros cuidados que são importantes de serem tomados! Sua aplicação no solo deve ser evitada quando houver probabilidade de chuva no dia ou com grande probabilidade de chuva pelos próximos três dias após a possível data de aplicação.

Além disso, eles também não devem ser distribuídos em locais próximos a corpos d'água superficiais e poços. Isso é preconizado de forma a evitar a contaminação desses locais!

Deve-se, também, utilizar barreiras físicas, como a vegetação, principalmente, ao redor das áreas de distribuição dos resíduos para diminuir o mau odor que é exalado durante o processo de fermentação dos resíduos animais.

É importante salientar também que a manipulação de fertilizantes químicos e orgânicos apresenta risco à saúde humana, visto que em adultos podem causar alguns tipos de câncer, o que torna imprescindível e indispensável que todos os envolvidos nessa prática utilizem os equipamentos de proteção individual (EPI).

Gostou dessa informação? Compartilhe com um produtor que considera começar a realizar essa prática!

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